A crítica de hoje é mais um oferecimento do Multicine Cinemas! O melhor cinema do Brasil! Obrigada, meus colegas, e um agradecimento
especial ao Bruno programador! Vamos lá: o filme da vez é Mulher Maravilha!
Vocês acreditam que em 75 anos de
existência, a personagem ainda não tinha um filme solo? Apenas uma série de TV
nos anos 70. Mas finalmente, nesse ano, essa realidade mudou! O filme Mulher
Maravilha conta a origem dessa heroína, por isso se trata de um flashback, que
se passa, predominantemente, durante a 1ª Guerra Mundial, em 1918. A narrativa
começa em Themyscira (também chamada de
Ilha Paraíso), terra nativa da Diana, nome de batismo da Mulher Maravilha, e
local onde vivem as mitológicas Amazonas, criaturas feitas por Zeus para lutar
e proteger os homens e a Terra. Aliás, o que são aquelas amazonas, minha gente?
Um tapa de beleza, coragem e poder na nossa cara! Até que Diana descobre que há
um mundo fora da ilha e que ele está em guerra, por isso ela vai embora para
salva-lo, abraçando a causa como sua missão de vida.
Chegando à parte da fotografia, se
alguém achou que o filme é muito escuro (tirando a parte lúdica e colorida de Themyscira), saiba que é intencional, por dois
motivos: primeiro, se passa na guerra, como já foi dito, então precisava
retratar o momento para entrarmos no clima da história. Segundo: a DC tem esse
ar sombrio mesmo, e é como ela se posiciona cinematograficamente, é o tom da
empresa. Quanto aos planos, o mais legal é que o slow motion teve o intuito não
de sexualizar os corpos das Amazonas e da Mulher Maravilha, mas de valorizar as
cenas de luta e ação. Mais um ponto para o filme que não adere ao modismo de
muitos filmes de super heróis de hiper sexualização da mulher no cinema.
Mas sabem por que a Mulher
Maravilha não é tratada como um objeto sexual? Por causa de tudo o que ela
representa. A sua história e tudo o que a envolve foi criado por uma causa muito
nobre: o feminismo e a valorização da mulher. Pra começar, a personagem foi
criada, em 1942, justamente para firmar o papel da mulher na sociedade, como
muito mais do que apenas ser a sombra dos homens, ser dona de casa e viver para
agradar a sociedade. Em segundo, o filme foi dirigido por uma mulher, fodástica,
linda e maravilhosa, a Patty Jenkins, que é inclusive a primeira mulher a
dirigir um filme de heroína! Mais um ponto pro filme e pra hollywood! Acho que
por isso a trama e a personagem foram tão bem feitas e representadas, por se
tratar da visão de uma mulher contando a história de outra mulher. Em terceiro,
a Gal Gadot tá muito boa e passa o recado dessa causa de uma maneira formidável!
Quem a criticou por ser muito magra e sem o perfil da Mulher Maravilha calou a
boca, pois a atriz se entregou bastante ao papel e mostrou muita verdade nas
cenas de ação. Ela tá muito bad ass, muito girl power! E como nós mulheres
estamos satisfeitas, não é mesmo?! Obrigada, Gal Gadot, Patty Jenkins e DC!
E ainda sobre a atuação de Gal
Gadot, ela é tão perfeita, que combinada ao roteiro, que também é impecável, a
própria Diana é o alívio cômico do filme, com a sua ingenuidade e coração puro.
De uma maneira natural e nada forçada. Claro, teve também a inserção de um
amigo espião poliglota do Steve Trevor (Chris Pine) - interesse romântico da heroína -, o Sameer (Saïd Taghmaoni) que foi um pouco usado com esse
intuito, e a secretária do
Trevor, a Etta Candy (Lucy Davis) que
foi criada para ser esse alívio e para representar o papel da mulher na
sociedade de 1918, que era primordialmente de submissão. Porém, quem realmente
deixa a história com dose de humor na medida e horas certas é a própria Diana.
Enfim, a obra combina muito bem a mistura ação, comédia e drama.
Enfim, é um filme muito bom! Digo
sem medo, o melhor da DC até agora! Até hoje, existem poucas heroínas para nós
mulheres, nos inspirarmos. O último filme produzido com uma heroína, mulher,
como protagonista, tinha sido Electra, em 2005, e convenhamos foi bem ruinzinho,
né? Quem viu, sabe! Um verdadeiro Framboesa de Ouro! Então, a Mulher Maravilha
vem para mudar essa realidade e mostrar que Girl Power pode existir sem
precisar denegrir os homens. Somente provando o seu valor. Além disso, em pleno
contexto histórico de guerra e de época, a Diana não deixa Trevor, mandar
nela. Quando ele tenta impedi-la de lutar, ela fala bem firmemente: “Você não
decide o que faço”! A Diana é muito foda! A missão da Mulher Maravilha não é só
salvar o mundo, mas mostrar para o mundo todo o poder das mulheres!
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