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Mostrando postagens de setembro, 2014

300

Monstro X humano A realidade para quem nascia defeituoso em Esparta, Grécia, não era nada fácil, crianças que não eram consideradas “normais” e que apresentassem qualquer tipo de problema físico ou deformidade eram jogadas do monte sagrado, pois a comunidade estaria se livrando assim de uma raça inferior e caminhando para a almejada eugenia (só os bens nascidos, bonitos e guerreiros dominariam aquela civilização). Esse triste fato é retratado no filme 300 (direção de Zack Snyder , 2006) , onde além da guerra principal entre espartanos e persas, a batalha mais importante talvez, fosse a dos bem-nascidos e normais versus os deformados, que eram considerados monstros .   O próprio rei Leônidas ( Gerard Butler ) quase foi sacrificado por ter um defeito em uma de suas mãos, sendo salvo deste destino cruel pelo fato de um o sacerdote ter previsto um grande futuro para ele. Segundo os textos abordados neste módulo: Monstros e monstruosidades em As traquínias de Sófocles  

Se Eu Ficar

Acho muito limitado analisar o filme Se eu Ficar ( If I Stay , 2014) como um concorrente direto de A Culpa é das estrelas , e taxa-lo como apenas mais um drama romântico adolescente, como em muitas críticas que vi por aí. A trama vai muito além, tem tantos pontos a ser pensados e refletidos, tanta coisa que você traz pra própria vida...   Assim como asseguraram Chloë Grace Moretz , que dá vida a protagonista Mia Hall – e que mais uma vez mostra o seu talento e potencial como uma brilhante atriz de hollywwod -, e o diretor R.J. Cutler , a adaptação ao cinema do romance homônimo de Gayle Forman não é apenas mais um drama adolescente. A roteirista Shauna Cross consegue realizar um trabalho excepcional de roteiro adaptado; este é pensado de forma a preencher todas as lacunas que o livro possui. Ainda não houve subversão do gênero, porém o filme é metalinguístico misturando cinema, música e vida. A paixão da protagonista Mia Hall pelo seu violoncelo e pelo perfeccionismo é

A Pele: o retrato imaginário de Diane Arbus

O grotesco fascinante através do olhar de Diane Arbus O filme A Pele: o retrato imaginário de Diane Arbus ( Fur: An Imaginary Portrait of   Diane Arbus , 2006) é inspirado em uma das mais importantes fotógrafas norte-americanas, Diane Arbus, sensível ao incomum, que enxergava o belo no feio, se seduzia pelo diferente, pela multiplicidade das pessoas, “para quem a vida se faz, oscila e se transforma naturalmente em sua variabilidade” (Cibelle Jovem Leal e Ivone Agra Brandão, p.2). O longa-metragem se passa na década de 1950, mais precisamente no ano de 1958, em Nova York, onde Diane é assistente do seu marido, o fotógrafo Allan Arbus. Esposa dedicada e mãe de duas filhas, Diane direciona toda sua atenção ao esposo e, principalmente à família; uma mulher comum como as demais de sua época, “a não ser por um detalhe: o gosto pelo excêntrico, sentimento que ficou por muito tempo enrustido por ela possuir uma educação rígida por parte de sua mãe, que era autoritária e imp