Sangue Mineiro, 1929 |
Você pode pensar que a produção cinematográfica brasileira é pequena, e que poucos filmes são produzidos ao ano se comparado a grandes indústrias, como a hollywoodiana, visto que menos de 14% dos longa-metragens são produzidos no país. Porém, se compararmos ao início da indústria do cinema local veremos que o que temos hoje é gigantesco.
No início de 1900, aproximadamente em Junho de 1911, em uma era conhecida como Bela Época, a Companhia Cinematográfica Brasileira (única existente na década) exibia somente filmes produzidos na Europa e nos Estados Unidos. Isso ocorria devido o patenteamento dos filmes virgens (eram muito caros), o monopólio das salas exibidoras, a quebra da relação produção/exibição (ou seja, não eram produzidos filmes nacionais, a indústria apenas comprava os filmes estrangeiros que saía muito mais barato do que produzir, eram mais viáveis e davam lucro) e, então, o mercado brasileiro se viu submisso ao estrangeiro.
Mas, com sorte, nos anos de 1910, surgiram iniciativas isoladas de cineastas amadores que espontaneamente produziram filmes no afastamento e precariedade totais. Muitos desses produtores independentes foram responsáveis pela manutenção de uma pequena produção que não deixou o cinema brasileiro morrer. Enquanto os “cineastas” daBela Época eram arrivistas, os dos ciclos regionais foram aficionados e idealistas.
A produção ainda é modesta e relativamente precária, mas um cinema moderno, com roteiros bem desenvolvidos e temáticas envolventes vem crescendo e conquistando o seu lugar no mercado mundial, lançando longas aclamados por crítica e público, como Cidade de Deus, Central do Brasil e outros. Nomes como Walter Salles e Fernando Meirelles vem se firmando e mostrando que são dignos de se igualarem aos diretores mais premiados de Hollywood.
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