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Frankenweenie


It's Alive (Ele está vivo!): Tim Burton voltou as origens e homenageou vários filmes do Horror Clássico como "Frankenstein", "A Múmia" e "Drácula" no seu novo longa de animação  Frankenweenie (2012), que é homônimo do seu primeiro curta de animação realizado em 1984. Com uma linguagem simples, leve e ao mesmo tempo, complexa, cheia de signos e macabra, à melhor maneira do diretor. Pode ser encarado também como uma variação do conto frankensteiniano de Edward Mãos-de-Tesoura (1990).  


Victor Frankenstein é um garoto de um subúrbio típico dos EUA, sem muitos amigos, devido ao seu comportamento considerado estranho e o seu amor por coisas atípicas, como a ciência, e por isso o  seu cachorrinho Sparky é seu melhor (e único) amigo. Porém uma fatalidade dá fim a essa grande amizade. Então o garoto decide empregar um método científico  que aprendeu na escola com seu professor de ciências sobre tecidos nervosos serem estimulados por correntes elétricas - e numa noite de tempestade faz Sparky renascer, com a ajuda de seu amor pelo bixinho. Para azar de toda a comunidade a feira de ciências da escola está se aproximando, e os colegas de sala de Frankenstein também decidem testar seu método, porém como não tinham o elemento secreto para que o experimento desse certo - o amor, a experiência de seus colegas se tranformaram em verdadeiras ameaças à cidade. 

Tim Burton e seus bonequinhos de Frankwnweenie
 
A opção pela estética do filme ser toda em preto e branco é a primeira de muitas referências ao cinema B dos anos 1930 e 1940, especificamente aos monstros clássicos da Universal. Não só Frankenstein, a Noiva de Frankenstein, Drácula, Lobisomem, Homem-Invisível, Múmia e Monstro da Lagoa Negra são homenageados em Frankenweenie de forma direta, porém através de crianças e, principalmente de animais. Também faz alusão aos atores mais célebres do gênero (o professor de ciências é inspirado em Vincent Price, o vizinho de Victor e prefeito da cidade, Nassor em Boris Karloff, entre outros). A opção pela animação em stop-motion sacramenta mais do que um filme de artsanato, mas um filme de nostalgia e consagração aos grandes clássicos de terror.


A tecnologia é a única atualização em relação ao Frankenweenie de 1984. A opção pelo 3D realça as texturas dos objetos de massa do stop-motion, e Burton usa isso, como se esperaria, para provocar estranheza: quando o gato Mr. Whiskers faz um de seus cocôs proféticos ou quando uma mosca sai de dentro de Sparky pelo pescoço, ou quando Sparky fica vazando por suas costuras a água que bebe. Além de fazer personagens estranhos com olhos saltados, olheiras profundas e aparência misteriosa. 


 É encantador a forma como Burton nos faz mergulhar no seu universo tão particular. Ironia do destino se esse filme, versão do seu primeiro curta, fizer ele ganhar um Oscar pela primeira vez.
Vamos esperar o que Burton fará em seu próximo filme! 

 

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