Do diretor Marc Webb (500 Dias com Ela), O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man) é um reboot da história que já conhecemos, porém contada de uma nova maneira acrescida de alguns elementos e personagens inéditos. Nessa trama, Peter Parker (Andrew Garfield) não é fracassado desde o começo, possuía uma valentia interior mesmo antes de ganhar seus poderes. Costumava se isolar por opção, como uma espécie de escudo por ter sido "abandonado" por seus pais quando criança. Filho de um brilhante cientista (que era o sócio do futuro antagonista da trama Curt Connors, o Lagarto) puxa a inteligência do pai, sendo o segundo da sua turma na escola de ciências em que estuda.
Rhys Ifans como Dr. Curt Connors |
Webb declarou que o Lagarto era a melhor escolha para o vilão dessa nova aventura porque ele é a personificação do tema do filme, que é a de que todos
têm alguma coisa faltando. Ele não tem um braço, Peter não tem pais, e
preenche esse vazio com sua nova identidade, o Homem-Aranha. Sem dúvida alguma, Curt Connors (Rhys Ifans) não é um vilão malévolo, é um grande homem que faz uma decisão ruim. Essa é a mágica do
Homem-Aranha. Essas pessoas são a personificação dos defeitos e desejos do ser humano que levam à tragédia. Nesse filme, Peter ganha seus poderes também picado por uma aranha de laboratório modificada geneticamente. O que muda mesmo (além da personalidade do herói) é o romance. Dessa vez, a amada de Parker não é Mary Jane.
Peter Parker e Gwen Satcy, juntos na ficção e na vida real |
Mais fiel à história original de Stan Lee e Steve Dikto, essa nova versão conta a história de Peter na época do colégio e com o seu verdadeiro primeiro amor, Gwen Stacy (Emma Stone), uma garota linda, inteligente, carismática e rebelde e que é estagiária chefe na Oscorp (empresa de Connors). Ao contrário de Mary Jane, que é uma jovem egoísta e egocêntrica, Gwen é uma grande companheira para o Homem-Aranha. Sabe de seu segredo desde o início, e o ajuda sempre de forma muito valente. O Homem- Aranha sempre foi o herói mais "humano" do universo Marvel, e esse filme consegue ser tão realístico, que temos a sensação de que aquela história que deveria ser tão fantástica poderia realmente acontecer. Peter está ainda mais "real" do que na versão anterior de Sam Reimi e Tobey Maguire. Mergulhamos tanto nesse universo que pensamos que o Homem-Aranha pode realmente existir. A "humanidade" que a Marvel tanto tem buscado em seus novos filmes para uma maior aproximação com o público foi conquistada com êxito nesta nova aventura, aproximando os fãs antigos dos HQs do herói e conquistando novos.
Andrew Garfield como Homem-Aranha |
Andrew Garfield declara:
" Eu tentei conceber como o Peter lidaria com a sensação de ser um excluído, com a confusão e com a insegurança. Isso, eu espero, trouxe uma certa empatia e sensibilidade para o personagem, que explica como isso o ajudou a se tornar o herói que ele eventualmente acaba sendo".
Marc Webb, diretor do filme |
"Quando você sair do cinema, eu quero que o mundo que você vê lembre o que você viu na tela. Parte da graça do cinema é que você faz o impossível parecer real. Eu queria que o filme fosse mais calcado na realidade e que isso afetasse a emoção das cenas, a ação física e as roupas. É menos baseado no mundo de Steve Ditko e provavelmente mais próximo visualmente e mais influenciado pelo universo Ultimate, mas também é bastante um mundo de nossa própria criação".
Bem que poderia ter criado uma história diferente e se basearem menos nos filmes do Raimi, causou certa estranheza. Mas é um bom filme, divertido, visualmente impecável, com ótimos planos e uma dupla de protagonistas mais do que carismática.
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